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Chega ao fim a Temporada de Espetáculos CIEMH2


Nesta quinta-feira, 18 de março, chega ao fim a Temporada de Espetáculos Online e Gratuitos realizada pelo CIEMH2 Núcleo Cultural. A temporada é parte integrante do projeto “CIEMH2 COmVIDA – Arte e Cultura em Toda Parte”, que se iniciou no mês de janeiro, e chega ao fim nesta semana com a transmissão do espetáculo “PENHA: um ensaio sobre violência doméstica” com o Coletivo Flores, um espetáculo de dança, inspirado na Lei Maria da Penha, que apresenta coreograficamente a violência doméstica, na medida em que as relações de vida se revelam pelos intérpretes.



Os espetáculos, que são transmitidos sempre às 20h pela plataforma Google Meet, vêm atraindo cada vez mais olhares para os grandes trabalhos do Coletivo Flores e Cia Chirulico, trabalhos estes, premiados em editais e festivais pelo Brasil a fora. O grande diferencial da Temporada de Espetáculos é que o público, além de assistir a belíssimos trabalhos gratuitamente e diretamente do conforto de seu lar, tem a possibilidade de participar do bate papo ao vivo com os artistas no “Cena em debate", um espaço dinâmico de diálogo sobre o trabalho e tema abordado. Para esse encontro teremos como convidados os intérpretes criadores Joyce Pacheco, Lorena Bitencourt e Rafael de Souza, além da mediação de Carine Passos.

Os interessados que queiram participar da sessão do espetáculo, devem apenas preencher o formulário disponibilizado no link abaixo e posteriormente receberão o link de acesso ao evento.


Apresentado pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, o CIEMH2 COmVIDA – Arte e Cultura em Toda Parte, até o momento chegou a 81 cidades do Brasil, além de países como Estados Unidos, Portugal e Itália, obteve 125 inscrições para as oficinas culturais nas áreas de Dança, Circo e Teatro e mais de 400 espectadores nos espetáculos online.



SOBRE O ESPETÁCULO

“Gosto de ver você chorando, você fica mais bonita”.

Ver beleza nas lágrimas de quem sofre é uma tortura que justifica o “poeta agressor”. Mas aquela parte da peça encolhida no canto da casa, já nem percebe as palavras de “elogio”, já não se sente bonita nem quando sorri e suas lágrimas já não são apenas dos olhos, sua alma vai saindo dela como se fosse um sopro do que imaginava que seria sua vida. De repente ela está de volta, não inteira, mas em muitas partes como um belo mosaico.


“PENHA” tem como norte de criação a pesquisa realizada, com base na Lei Maria da Penha, sobre fatos e relatos reais de violência contra a mulher.


“De repente o mundo está todo parado para ela. Só para ela. Ao seu redor tudo move, tudo gira, anda, muitas danças acontecem, ela observa, mas já não acompanha o ritmo, sua trilha sonora é feita por descompassos, silêncio. Ele passa por ela, ela deseja que ele siga... em frente.

E tudo continua, ela parte de uma obra inacabada, ele um “artista agressor”.




SOBRE O COLETIVO FLORES


A licença poética de escrever roteiros para suas obras coreográficas como quem faz cinema, permite ao Coletivo Flores propor um passeio coreográfico por questões sociais que permitem ampliar a cena artística para uma discussão social além das fronteiras do fazer arte.

É uma escolha trabalhar narrativas que nem sempre são lineares, mas sempre narrativas. E por essas escolhas o fazer político de discussão sobre determinadas “coisas” faz com que esta cia de dança seja um “coletivo” e não apenas um grupo de atuação em cenário artístico.

Dialogar com as pessoas, construir movimentações e fazer arte é a forma de colocar-se diante do mundo como um grupo panfletário que deseja conversar com quem os assiste e estabelecer trocas a partir de seu olhar, tornando a todos parte do Flores.


Taís Vieira, coreógrafa e diretora do coletivo, escreveu sua forma de fazer coreográfico junto a extinta "Membros Cia de Dança", onde criou uma linguagem de dança experimental orientada pelas danças urbanas em contato com diferentes estéticas de movimentos naturais como correr, andar, sentar, pular...

Influenciada por cinema, capoeira, livros e linhas estéticas como o ballet clássico, jazz, sapateado e outros. Foi criando então a estrutura de suas obras através de narrativas coreográficas alicerçadas por algum tema.

Em 2009 desenvolveu um estudo das Danças Urbanas para o corpo feminino que anteriormente era muito masculinizado. A partir dessas pesquisas nasceu já circulando em cenário profissional internacional o "Coletivo Flores". Teve sua primeira formação a partir de intercâmbio entre a França e o Brasil em um trabalho proposto só com mulheres realizando turnê pela França, Brasil, Guayaquil. Em 2011 decide ampliar seu conceito de criação e torna-se uma cia mista, onde o corpo feminino ainda é objeto de estudo dentro das linhas das danças urbanas, mas este passa a ser reconhecido sem nenhuma distinção de gêneros. A partir de então circula com seus espetáculos em diferentes cenários da dança a fim de divulgar sua linguagem corporal experimental em dança.


O grupo já foi premiado e contemplado em diversos editais, circulando com seus trabalhos pela Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, passando por outros países como Equador, Argentina e França.





SOBRE O PROJETO

Em formato digital e gratuito, o projeto CIEMH2 COmVIDA - Arte e Cultura em Toda Parte já acontece com muito sucesso desde o dia 18 de janeiro com as oficinas de Circo, Danças Urbanas Infantil, Teatro e Danças Urbanas para adolescentes, jovens e adultos.


A partir do dia 18 de fevereiro, o projeto deu início às apresentações dos espetáculos, sempre às quintas-feiras, iniciadas pontualmente às 20h e seguidas do “Cena em Debate”, um bate papo com convidados e o público participante, abrindo um espaço potente de diálogo sobre os temas e técnicas abordados em cada trabalho apresentado. Nas sessões já realizadas, a excelência das apresentações e do debate tem sido um prazer enorme para os profissionais que compõem a equipe de execução do projeto.


SERVIÇO

“PENHA: um ensaio sobre violência doméstica”

Dia 18/03/2021 (quinta-feira)

Horário: 20h

Ingressos gratuitos e limitados: https://forms.gle/KT8nzkKdj46A2r5X8

Plataforma de Acesso: Google Meet

(22) 99290.9439

Rua Eleosina Pereira de Queiroz Mattoso, 105, Sol y Mar

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