Em formato digital e gratuito, o CIEMH2 Núcleo Cultural vem colhendo grandes frutos com o projeto “CIEMH2 COmVIDA - Arte e Cultura em Toda Parte”, projeto este que proporciona o lazer e o acesso à arte de forma descentralizada, atendendo, indistintamente a todo.
Na última quinta, dia 11, foi realizado o primeiro trabalho da Temporada de Espetáculo. O projeto atraiu público de 8 estados do Brasil, como Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Paraná, além de participações diretamente do Texas, nos Estados Unidos.
Toda quinta-feira será apresentado um novo espetáculo seguido do “Cena em Debate”, um bate papo com os artistas do trabalho e com o público participante, abrindo um espaço dinâmico de diálogo sobre os temas e técnicas abordados em cada trabalho. E na próxima quinta, 18, às 20h, o CIEMH2 apresenta o mais recente espetáculo do Coletivo Flores: “,eu vivi essa cena”.
A obra “, eu vivi essa cena”, criada durante a pandemia do COVID-19, partiu da concepção da Coreógrafa Taís Vieira, a partir da pesquisa desenvolvida pelo Coletivo Flores sobre violência doméstica e o exponencial aumento da mesma durante a isolamento social. O trabalho dos intérpretes criadores Thiago Morethe e Daniele Morethe foi realizado em confinamento, no seu apartamento e dirigido virtualmente por Taís Vieira.
O evento conta ainda, com recurso de acessibilidade cultural através da mediação em LIBRAS, facilitando a comunicação e garantindo o acesso à informação para a pessoa surda que se comunica por meio da Língua Brasileira de Sinais.
“CIEMH2 COmVIDA – Arte e Cultura em Toda Parte” é apresentado pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
Ao todo serão 6 espetáculos que acontecerão toda QUINTA, às 20h, pela plataforma GOOGLE MEET, até o dia 18 de março, com ingressos limitados e gratuitos.
Os interessados podem garantir sua participação apenas preenchendo um pequeno formulário (https://forms.gle/YaVVJhKGED2zwzTR7) e posteriormente receberá o link de acesso ao evento.
SOBRE O ESPETÁCULO:
“Contos Coreográficos” é um projeto idealizado para apresentar diferentes temas em forma de coreografias. É uma provocação facilmente reconhecida nas obras de Taís Vieira desde a época em que estava à frente da direção e coreografia da extinta “Membros Cia de Dança”. Sua marca antes relacionada como expressiva e forte por abordar temas violentos, exige hoje cada vez mais um olhar criativo e literário para um corpo investigativo, muitas vezes observado como um “corpo diário”. Neste caso, pessoas que tem marcas expressivas impressas em seu viver dividem com outros temas fortes construídos pela licença poética de fazer uma obra coreográfica a fim de provocar alguma reflexão social.
Em “,eu vivi essa cena” o trabalho é construído a partir de relatos sobre violência psicológica e física em tempos de confinamento social causado pela pandemia do COVID-19. O duo realizado por Thiago e Dani Morethe, conta com a direção de Taís Vieira onde virtualmente trabalharam a obra pensada em coletivo desde o tema, a trilha sonora e figurino.
SOBRE O COLETIVO FLORES
A licença poética de escrever roteiros para suas obras coreográficas como quem faz cinema, permite ao Coletivo Flores propor um passeio coreográfico por questões sociais que permitem ampliar a cena artística para uma discussão social além das fronteiras do fazer arte.
É uma escolha trabalhar narrativas que nem sempre são lineares, mas sempre narrativas. E por essas escolhas o fazer político de discussão sobre determinadas “coisas” faz com que esta cia de dança seja um “coletivo” e não apenas um grupo de atuação em cenário artístico.
Dialogar com as pessoas, construir movimentações e fazer arte é a forma de colocar-se diante do mundo como um grupo panfletário que deseja conversar com quem os assiste e estabelecer trocas a partir de seu olhar, tornando a todos parte do Flores.
Taís Vieira, coreógrafa e diretora do coletivo, escreveu sua forma de fazer coreográfico junto a extinta "Membros Cia de Dança", onde criou uma linguagem de dança experimental orientada pelas danças urbanas em contato com diferentes estéticas de movimentos naturais como correr, andar, sentar, pular...
Influenciada por cinema, capoeira, livros e linhas estéticas como o ballet clássico, jazz, sapateado e outros. Foi criando então a estrutura de suas obras através de narrativas coreográficas alicerçados por algum tema.
Em 2009 desenvolveu um estudo das Danças Urbanas para o corpo feminino que anteriormente era muito masculinizado. A partir dessas pesquisas nasceu já circulando em cenário profissional internacional o "Coletivo Flores". Teve sua primeira formação a partir de intercâmbio entre a França e o Brasil em um trabalho proposto só com mulheres realizando turnê pela França, Brasil, Guayaquil. Em 2011 decide ampliar seu conceito de criação e torna-se uma cia mista, onde o corpo feminino ainda é objeto de estudo dentro das linhas das danças urbanas, mas este passa a ser reconhecido sem nenhuma distinção de gêneros. A partir de então circula com seus espetáculos em diferentes cenários da dança a fim de divulgar sua linguagem corporal experimental em dança.
O grupo já foi premiado e contemplado em diversos editais, circulando com seus trabalhos pela Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, passando por outros países como Equador, Argentina e França.
SERVIÇO
Temporada de Espetáculos Virtuais
18/02: “,eu vivi essa cena” do Coletivo Flores
Horário: 20h
Ingressos gratuitos e limitados: https://forms.gle/YaVVJhKGED2zwzTR7
Plataforma de Acesso: Google Meet
CIEMH2 Núcleo Cultural
(22) 99290.9439
Rua Eleosina Pereira de Queiroz Mattoso, 105, Sol y Mar
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