O CIEMH2 Núcleo Cultural, com sua Cia profissional de Dança, o Coletivo Flores, participará na próxima sexta-feira, do I Fórum Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual contra Criança e Adolescente.
O Coletivo Flores apresenta o espetáculo "Bicho Urbano", às 09h, na abertura do Fórum que acontecerá no dia 17 de maio, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Macaé. O evento é uma iniciativa do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Macaé.
O norte de criação da obra “BICHO URBANO” partiu de pesquisa realizada com adultos que na infância passaram por assédio/abuso sexual. São adultos que precisam romper com medos e lembranças amargas que confundem as memórias de uma infância atropelada por abusos. Para alguns até parece que nada aconteceu, o trauma provoca certa confusão entre realidade e fantasia. Para outros o dia a dia provoca alarmes de sensações que não conseguem ficar no passado. Muitos, alguns, eles, ela, eu, você ninguém está muito distante da violência por qual passam muitas crianças. Ficha Técnica: Direção e Concepção: Taís Vieira Coreografia: Coletivo flores Intérpretes: Daniele Morethe, Lorena Bitencourt, Luiz Phillipe Spranger, Luize Helena Pessanha, Rafael de Souza, Renato Mota e Thiago Morethe
Direção de Produção: Dilma Negreiros
Em 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data remete ao dia 18 de maio de 1973, quando a Araceli Crespo, de 8 anos, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta em Vitória (ES). Os agressores nunca foram punidos.
Estatísticas No Brasil, o Disque 100 e o aplicativo Proteja Brasil são os principais meios de denúncia dos crimes envolvendo crianças e jovens. Apenas em 2015 e 2016, 37 mil casos de denúncias de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos foram recebidos pelo Disque 100. Apenas em 2016 foram 17,5 mil casos. A maior parte das denúncias é referente aos crimes de abuso sexual (72%) e exploração sexual (20%). As demais ligações estavam relacionadas a outras violações como pornografia infantil, sexting, grooming, exploração sexual no turismo, estupro. Cerca de 67,7% das crianças e jovens que sofrem abuso e exploração sexuais são meninas. Os meninos representam 16,52% das vítimas. Os casos em que o sexo da criança não foi informado totalizaram 15,79%. Os dados sobre faixa etária mostram que 40% dos casos eram referentes a crianças de 0 a 11 anos. As faixas etárias de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos correspondem, respectivamente, 30,3% e 20,09% das denúncias. Já o perfil do agressor aponta homens (62,5%) e adultos de 18 a 40 anos (42%) como principais autores dos casos denunciados.
Denúncia As ligações no Disque 100 são gratuitas, e as denúncias são anônimas. O atendimento é 24h e ocorre inclusive nos domingos e feriados. Já o aplicativo Proteja Brasil está disponível para download nos celulares das plataformas Android e iOS. Com apenas alguns cliques, o usuário consegue apresentar sua queixa à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos de maneira fácil, rápida, anônima e segura.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria de Direitos Humano